Maria: exemplo de obediência

22/05/2013 09:22

Maio: Mês de Maria

O mês de Maio tradicionalmente é dedicado a Devoção Mariana.

Junto com nossa amada Igreja vamos juntos refletir sobre a importância de tal devoção em nossa vida cristã.

Para darmos início as nossas reflexões e orações, juntos vamos meditar com um texto de Edison Oliveira (Seminarista da Comunidade Canção Nova)

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A Virgem Maria: modelo de obediência

 

A obediência de Maria, causa de vida para a humanidade

 

Poderíamos, neste artigo, falar sobre Maria e sua presença “profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente (Gn 3, 15)” como nos lembra a Constituição Dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium em seu número 55. Poderíamos ainda, falar de Maria como a Imaculada sem pecado, preservada da culpa original ou de sua Assunção ao Céu. Mas, no ambiente eclesial em que estamos envolvidos, sobretudo em meio a constantes exemplos – não tão bons – de pessoas deste meio que optam por não obedecer ao que foi estabelecido pela Tradição viva da Igreja, gostaríamos de falar da obediência de Maria. Para isso nos fixaremos num contraponto entre a opção pela desobediência, tendo Eva como exemplo e a opção pela obediência personificada na pessoa da Virgem Maria.

Sobre a obediência de Maria a Lumen Gentium afirma o seguinte em seu número 63:

 

“Porque, acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai; nova Eva, que acreditou sem a mais leve sombra de dúvida, não na serpente antiga, mas no mensageiro celeste. E deu à luz um Filho, que Deus estabeleceu primogênito de muitos irmãos (Rom. 8,29), isto é, dos fiéis, para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe.”

 

Destaco deste trecho a cooperação amorosa de Maria, esta cooperação é manifestação de sua livre adesão ao projeto do Pai, que quis que seu Filho nascesse em seu seio por obra do Espírito Santo. Entendamos neste contexto também a ação trinitária na vida de Maria: obedece ao Pai, concebe por obra do Espírito Santo e assim gera o Filho. Podemos assim definir Maria como a toda de Deus, repleta de sua presença.

Se a figura de Eva fez a livre opção por aceitar a tentação da serpente, como vimos do trecho da Lumen Gentium, Maria – também livremente – fez a opção pelo projeto de amor do Pai para a humanidade. Por Eva, entra no mundo a morte, por Maria entra a Àquele que nos dá a vida eterna. Diante destas duas figuras, Eva e Maria, pensemos na seguinte questão:

 

Qual modelo nós queremos imitar? O da obediência à tentação da serpente – entenda-a como quiser – ou o da obediência ao projeto de Deus?

 

Obedecer à tentação da serpente é desobedecer a Deus, obedecer livremente ao projeto de Deus para nós é a acolhida em nós próprios daquilo que nos plenifica e plenifica os outros.

Nossas escolhas envolvem sempre uma dimensão comunitária, a escolha de Eva foi causa da entrada da morte na humanidade, a escolha de Maria foi causa de vida. Que modelo você quer seguir: o da desobediência ou o da obediência? Boa escolha.

Deus abençoe você.

 

 

 

 

 

 

 

 

Sem. Edison Oliveira

Comunidade Canção Nova 

@edisoncn