Maria: Mãe do povo de Deus

05/06/2013 09:39

Maria: Mãe do povo de Deus

 

           Com muita fé e devoção a Igreja venera no mês de maio, de maneira muito especial, a pessoa e a missão de Maria, Mãe de Jesus. De fato a devoção à Mãe de Deus sempre acompanhou a caminhada da Igreja desde os seus primórdios, e aos olhos de todo do povo da Nova Aliança, Maria é vista de modo tão caro como intercessora, mãe e mestra da comunidade cristã. Não existe atributos melhores para aplicarmos a Maria na vida da Igreja, uma vez que, apesar de ser humana como qulaquer um de nós, participou de modo tão ativo e fiel na obra redentora, que além de nascer imaculada, ela permaneceu assim por toda a vida. E aí está o grande mérito da Mãe de Jesus. Entre tantos títulos e nomes dados a Virgem Maria, não podemos esquecer o fundamento de sua missão nesta terra, que foi ser Mãe do Filho de Deus e que neste firme propósito de amor se santificava diariamente. Mesmo nascendo pura e imaculada, precisou resistir ao mal, e por estar sempre aberta à graça que a cumulou desde o ventre materno, em tudo na sua vida se cumpria a vontade de Deus.

            Por isso o povo de Deus, a Igreja, precisa e QUER ser como Maria. Ela é o grande modelo de perfeito discípulo, que a cada dia renova seu sim no amor, e não se cansa de caminhar, apesar dos sofrimentos. Maria, como afirma o CIC, é o ícone escatológico da Igreja, pois nela contemplamos, já aqui na terra, através da nossa veneração à Mãe de Deus, a imagem da Igreja futura, triunfante na glória dos céus. E enquanto estamos ainda em caminho, ela é nossa grande companheira e peregrina conosco até alcançarmos a pátria definitiva. E nesta jornada é Nossa Senhora amparo, refúgio e abrigo para aqueles que confiam em sua proteção, e firmemente se dispõem a seguir os seus passos.

            Diariamente a Igreja clama: “Sob a vossa proteção nos refugiamos ó santa mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades...” O povo clama, porque sabe que Maria é capaz de se compadecer de sua condição, já que sofreu e passou pelas mesmas provações e dificuldades que nós, e apesar disso triunfou sobre tudo. Como seu filho Jesus, ela não hesitou diante da prova terrível da dor, mas permeneceu convicta de sua missão. Por isso Maria conhece a dor de seu povo, e sabe compadecer-se dele como ninguém, nos enchendo de confiança com a certeza de sua intercessão. Clamando a própria Mãe de Jesus a Deus, como Ele não atenderia. Como diz uma linda música do padre Zezinho: “se podemos orar pelos outros, a Mãe de Jesus pode mais”. O povo clama, porque sabe que não ficará desiludido e sem socorro.

            Viveu a Mãe de Jesus como ninguém a vida da Graça, e hoje é ela nosso grande referencial para bem vivermos o caminho de nossa conversão diária. Ela é nossa mãe na ordem da graça, uma vez que voltamos constantemente nossos olhos ao Pai do céu para acolher sua palavra e vivermos como fiéis filhos seus, Maria também não deixou de olhar para sua grande meta, Deus. Entretanto, ela também olha para nossa terra, e intercede e protege os passos dos homens enquanto caminham neste mundo, em um movimento de ininterrupto zelo maternal, que ela mantém desde o dia em que, através do seu consentimento aos planos de Deus, amou toda a humanidade na sua livre escolha. Por isso, como diz a Lumen Gentium (62), “a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira. “ No ofício de Nossa Senhora da Conceição, é apresentado o título de “Velo de Gedeão” para se refeir à Maria, que descreve muito bem a força de sua presença na Igreja e no mundo.  O duplo sinal que o juíz Gedeão recebeu de Deus como prelúdio da vitória do povo contra os madianitas foi o seguinte: primeiro só o velo exposto ao orvalho umideceu e toda terra ao redor permaneceu seca; depois foi o contrário: enquanto o velo ficou seco, tudo ao redor apareceu molhado (Jz 6, 36-40). O orvalho, que desce antes sobre o velo e depois por toda a terra, representa a plenitude da graça que Maria recebeu, para depois comunicá-la à humanidade. De fato, ela não aceitou ser Mãe de Jesus para tê-lo apenas para si: ela O apresenta ao mundo. Ao olharmos confiantes e cheios de fé a Maria, temos certeza que estamos direcionando nossos passos a Jesus, e toda graça que recebemos por intermádio de tão clemente Mãe não é senão fruto da Redenção que o Filho garantiu à humanidade inteira.

            Procuremos, pois, neste mês, fortalecer nossos laços de fé com Nossa Senhora, sendo cada vez mais íntimos daquela que é a mãe, protetora e refúgio do povo de Deus.

 

Santa Maria, Mãe de Deus,

Rogai por nós!

 

Sem. João Lucas